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Mostrando postagens de 2009

Pessoas Estranhas II

Alice era complexa. Pode-se dizer até, incoerente. Todo dia quando ia pra universidade tomava o caminho mais longo, esperava pelo ônibus mais demorado e consequentemente sempre chegava atrasada nas aulas. Em um irônico dia, resolveu mudar de rota, pois tinha prova da professora mais chata dentre todas as disciplinas. (Na verdade, o que ela achava que era chato, era que a professora era muito inteligente, dava muita matéria e esperava dos alunos reciprocidade, ou seja, chata.). Alice foi então pelo outro caminho: mais curto, o ônibus chegava rapidinho e fazia que ela chegasse na hora à aula. Ela só não entendia porque implicava tanto com aquela opção tão mais acessível. Alice, além de complexa era facilmente impressionável. Há muito tempo atrás, haviam dito para ela que próximo a parada de ônibus acessível havia uma casa mal assombrada, e que as pessoas, quando estavam lá a espera do ônibus, eram surpreendidas com passos, assovios, uns diziam até que escutavam gargalhadas vindas da ca

Pessoas Estranhas I

Desde a infância ouvimos nossas mães pronunciarem as seguintes máximas: “não fale com estranhos, menino!”, “não dê confiança aos desconhecidos, menina!”. São falas que introjetamos em nossa mente e que funcionam tal qual a autoridade materna ou paterna, sem necessariamente que eles estejam presentes para nos dizerem isso a todo o momento. Só ficam lá, armazenadas em nosso inconsciente, até que um dia sintamos necessidade de utilizá-las, ou precisemos usá-las, forçadamente. Alice, assim como outras pessoas também cresceu ouvindo sua mãe dizer para que não falasse com estranhos, que podia ser perigoso. Que quando se perdesse pelas ruas da cidade, “lá em baixo”, ou no Círio de Nazaré, que não demonstrasse que estava perdida, que ligasse pra casa, a cobrar mesmo, que alguém iria buscá-la. Enfim, coisas de mente de mãe preocupada. Então Alice ficava pensando, ainda criança mesmo, que se não falasse com alguém como poderia voltar para casa, senão sabia nem o endereço de onde se encontrava p

Para começar...

Resolvi criar um Blog para escrever para vocês, ou seja, amigos, familiares e afins, que tiverem coragem, lerem um pouco dos meus pensamentos, que antes eu guardava só pra mim. Que egoísta que eu era! Minha proposta é que os pensamentos, que viraram textos, sejam de alguma forma úteis e, a utilidade das mesmas, é justamente a de fazer rir, caso não alcance meu objetivo, pelo menos não estou contando ao vivo, e não ficarei com aquela cara de "na hora foi engraçado"!!! Aproveitem... ou não....